sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

HEGEL




A filosofia de Hegel é um aristotelismo. Em relação a Platão e a Descartes, trata-se agora da outra filosofia, que procura a consciência sob os seus exteriores, e que pensa o espírito do mundo. Tendo feito alimento da filosofia de Platão, eu utilizei esta outra como  remédio e achei-me bem. Platão convém àqueles que se encontram em dificuldade consigo mesmos. Arsitóteles, Hegel, e mesmo Leibniz, são antes naturalistas. Ficará à escolha. De facto, a filosofia Hegeliana foi aquela que movimentou os povos, pelo Marxismo, e isso é de considerar. Deixando o trabalho do historiador, que não é do meu ofício, quero somente trazer à luz um bom número de ideias profundas e subterrâneas, sem criticar os meios.  O platonismo é apenas crítica de si; os frutos estão escondidos. No presente estudo, é preciso que a crítica se cale. É advertir o bastante, porque nós temos de fazer uma longa viagem. A filosofia de Hegel é dividida em três partes, que são a Lógica, a Filosofia da Natureza, e a Filosofia do Espírito. Esta última parte, ela própria compreende o Espírito Subjectivo, o Espírito Objectivo, o Espírito Absoluto. O Espírito Objectivo, é  Família, Sociedade, Estado, História; O Espírito Absoluto desenvolve-se em três graus, a Arte, a Religião, a Filosofia. Não é inútil colocar-se primeiro no lugar de chegada; porque à partida a lógica fecha todas as avenidas; muitos ficam por aí, enquanto que o espírito da lógica Hegeliana está nisto, que não se pode ficar aí. É dizer que este pensador foi e é frequentemente mal compreendido, e sobretudo miseravelmente discutido. A caminho agora.


Alain
(Tradução de José Ames)

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